quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DDS-PRIMEIROS SOCORROS

Se você se ferir, não importa a gravidade da lesão, comunique seu chefe e vá até ao ambulatório médico para fazer um curativo ou outra providência de primeiros socorros.
Um corte, um arranhão, um cisco no olho, uma queimadura, qualquer ferimento, muitas vezes, mesmo que não seja aparentemente grave, se não for adequadamente cuidado, poderá ficar seriamente infeccionado.
Não permita que qualquer pessoa mecha no ferimento. As pessoas que estão credenciadas a fazer curativos, aplicar injeções, tirar corpo estranho dos olhos e dar medicamentos são os médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.
Se um acidente ferir gravemente uma pessoa da sua área de trabalho, vindo a vítima precisar de ajuda, providencie socorro o mais rápido possível junto à equipe de segurança ou junto ao encarregado que estiver mais próximo.
Lembre-se que os socorristas apenas procedem o Primeiro Socorro e o encaminhamento para atendimento médico.
Após o atendimento, sua liderança, os responsáveis por contrato e por segurança e saúde de sua área deverão ser imediatamente avisados, sendo que a empresa tem o prazo de 24 horas para enviar para o INSS um documento conhecido como CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho. É este documento que vai garantir os seus direitos caso sua lesão requeira atendimento e assistência complementares.
Se você comparecer na enfermaria em outro dia diferente do dia em que aconteceu o acidente a responsabilidade será totalmente sua pelas conseqüências da demora em comunicar.
Comunique-se, nunca tente esconder uma lesão, é mais fácil tratar com responsabilidade a ocorrência do que procurar escondê-la.

Fonte: Gentilmente cedido por Antônio Barbosa - Técnico de Segurança do Trabalho.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

OS(AS) PSICOPATAS CORPORATIVOS...CUIDADO COM ELES(AS)...

Débora Rubin

Ambiciosos e egoístas, fazem tudo para crescer nas empresas, gerando consequências como assédio moral e até desfalques

Cerca de 10% da população adulta que trabalha apresentam traços de psicopatia
 
Num dado momento de sua vida, a radialista carioca Elisa Silva, 22 anos, chegou a achar que o normal era ter chefe louco. Afinal, logo nos primeiros empregos, ela teve experiências traumatizantes. O primeiro superior, um tipo elogiado pelo “sangue-frio” e por ter feito o corte necessário de pessoal que a rádio precisava, recusava sistematicamente suas ideias. Quando Elisa não conseguia cumprir determinada tarefa, ele questionava se ela queria ser demitida. O segundo era mais incisivo. Craque em fazer piadinhas de cunho sexual, perguntou-lhe certa vez: “Por que você não vem de minissaia para conquistar seus colegas?” A radialista reclamou à diretoria e o chefe tomou uma advertência, mas continua até hoje no emprego por ser amigo do patrão. Quem saiu foi Elisa, que, antes de desistir da profissão, finalmente arranjou um trabalho livre de psicopatas.
OMISSÃO
Segundo o coach Robson Castro, muitas empresas fecham os olhos para esses tiranos
Segundo Clarke, não é tão simples assim identificá-los de imediato. Isso porque eles são muito hábeis em conquistar e manipular colegas e chefes. “Ele faz o outro pensar que é muito eficiente, mas é craque em responder sem responder e passar, de forma inteligente, as tarefas para os outros”, complementa a psicóloga Marisa de Abreu. As consequências nas vítimas vão desde o desânimo de ir trabalhar até casos mais sérios, como a síndrome do pânico e a depressão. Para as corporações, o psicopata pode gerar desfalques milionários.
Se você nunca viveu uma situação semelhante às de Elisa, certamente conhece alguém que já passou por isso. Estima-se que 1% da população adulta que trabalha é formada pelos chamados psicopatas corporativos, profissionais que não medem esforços para crescer e são capazes de ferir psicologicamente (quando não fisicamente) colegas de trabalho para conseguir o que almejam. Um estudo feito pelos pesquisadores americanos Paul Babiak e Robert Hare, dois experts no tema, afirma que cerca de 10% da população apresenta traços de psicopatia suficientes para ter impacto negativo em seus companheiros. Como o psicopata social, que se deleita com o sofrimento de suas vítimas, o corporativo não é louco, mas é essencialmente mau. “Ele está ciente dos efeitos que seu comportamento tem nas pessoas ao seu redor, mas simplesmente não se importa”, diz o psicólogo australiano John Clarke, autor do livro “Trabalhando com Monstros – Como Identificar Psicopatas no Trabalho e se Proteger Deles” (Editora Fundamento).
As empresas, embora cientes de tais profissionais e preocupadas com os casos de assédio moral e bullying, ainda são campos férteis para os psicopatas. De acordo com o coach Robson Castro, diretor da Agnis Recursos Humanos, isso acontece porque muitas caem na tentação de incentivar qualquer comportamento para atingir seu fim maior: o lucro. Outra razão apontada por Castro é o fato de as corporações não comunicarem a razão da saída do profissional psicopata para não manchar sua imagem, facilitando, assim, sua reinserção no mercado. Por fim, muitos ainda querem contratar o que o coach chama de “high-potentials”, donos de currículos impecáveis, formados nas melhores universidades e com promessas de uma carreira meteórica. “As que buscam os profissionais perfeitos devem ter cuidado redobrado para não ter um batalhão de psicopatas corporativos roendo as paredes da organização”, aconselha. Evitar a contratação do psicopata do trabalho é, no final das contas, a forma mais eficiente de evitá-lo.